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Artigo do Mês » Guia prático de Gerenciamento de Canaril

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

TUBERCULOSE - RESERVATÓRIOS ANIMAIS

Estou na Área !
Muitas pessoas ainda não sabem, mas a tuberculose está voltando com tudo e precisamos nos precaver, pois os animais silvestres são os principais reservatórios dessa bactéria.
A tuberculose sempre existiu, mas só foi notificada no século XIX. Em 1815, na Inglaterra, a cada 4 doenças, 1 era a tuberculose, sendo que 75% das pessoas morriam em até 5 anos. Em 1882, o médico Robert Koch conseguiu isolar a bactéria e, entre 1890 e 1905 tiveram várias tentativas para encontrar o antibiótico ideal que erradicasse essa doença que dizimou a população européia. Em 1921 os franceses Calmette e Guerin criaram a vacina BCG (aquela que deixa uma marca enorme no braço). Só em 1980 puderam concluir que haviam cepas resistentes aparecendo, não sendo possível erradicar a doença. E, de alguns anos para cá, a doença saiu de um sono leve e está contaminado pessoas e animais, gerando óbitos.

Os animais que podem transmitir a tuberculose são: peixes, anfíbios, répteis, aves e mamíferos (especialmente os macacos), isto é, somente plantas e insetos não transmitem a doença (até onde sabemos). As aves são um problema ainda maior, pois é muito difícil controlar as de vida-livre que migram pelo mundo, transmitindo as bactérias paras as de cativeiro. Exite notificação da doença em aves da América do Norte, Austrália, Índia, Europa, América do Sul, África, Ásia, sendo que a bactéria resiste no ambiente por 6 meses.

A "vilã"é chamada de Mycobacterium tuberculosis, e pode ser transmitida por aerossol através da tosse, espirro e vocalização de animais virulentos, e através da ingestão (mãos contaminadas ou carne de animais contaminados). Pode acometer os pulmões, a pele, a laringe, ossos, linfonodos, intestinos, rins e sistema nervoso.

A forma mais comum é a PULMONAR onde a pessoa ou o animal vai apresentar tosse, emagrecimento, febre baixa e sudorese noturna, persistindo por mais de duas semanas. Em longo prazo, pode haver a falta de ar e progressiva dificuldade para respirar, tosse com sangue (hemoptise) e até a morte.

Se diagnosticado a tempo, o tratamento é longo (6 meses com antibiótico), e infelizmente, os animais contaminados são condenados à eutanásia.

Portanto, abaixo vão algumas dicas para se previnir:

- Antes de juntar uma ave nova ao plantel, faça a quarentena
- Submeta as aves ao exame clínico corriqueiro (1 vez ao ano) com um médico veterinário especializado
- Construa um cativeiro que isole suas aves dos animais de vida-livre
- Caso alguma ave venha a óbito, mande o cadáver para a necrópsia e histopatológico
- Não economize na hora de comprar desinfetantes para limpar o recinto, máscaras e luvas para manipular excrementos das aves e de indentificar a causa da morte de sua/suas aves.

Assim você pode polpar a vida de todos e contribuir para o controle da doença mais temida do século.

Dra. Érica Carricondo - CRMV-SP 18539
(Clínica e cirurgia de animais silvestres)

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